quarta-feira, 15 de abril de 2020


ARTE ROMANA


     A Arte Romana sempre foi baseada na praticidade e no utilitário.  Suas construções primam pela grandiosidade como símbolo de potência e se orientam mais para a solidez imponente, do que para a elegância e a graça.  Será construído para atender às necessidades das grandes massas populares: teatros, circos, foros, anfiteatros, aquedutos.

    Desenvolveram uma forma de construção em que as colunas passam a ser apenas decorativas; criaram o arco e a abóbada.  A arte romana é influenciada pelo classicismo grego.  A expansão romana do século I a.C. traduz-se na arte por uma iconografia da vitória e por uma arte a serviço do Imperador.



ARQUITETURA

 A arquitetura romana mesclou influências etruscas, gregas, com as característica de sua própria civilização, principalmente a partir do século II a.C., quando as conquistas romanas possibilitaram a formação de uma elite enriquecida e ao mesmo tempo fortaleceu o Estado.

  Dos etruscos herdaram as técnicas que lhes permitiram a utlização do arco e da abóbada. Dos gregos herdaram as concepções clássicas dos estilos Jônico, Dórico e coríntio, aos quais associaram novos estilos, como o toscano.

   As características gerais da arquitetura romana são:
  • busca do útil imediato, senso de realismo
  • grandeza material, realçando a idéia de força 
  • energia e sentimento
  • predomínio do caráter sobre a beleza
  • originais: urbanismo, vias de comunicação, anfiteatro, termas.


As construção eram de cinco espécies, de acordo com as funções:

1) Religião: Templos

Pouco se conhece deles. Os mais conhecidos são o templo de Júpiter Stater, o de Saturno, o da Concórdia e o de César. O Panteão, construído em Roma durante o reinado do Imperador Adriano foi planejado para reunir a grande variedade de deuses existentes em todo o Império, esse templo romano, com sua planta circular fechada por uma cúpula, cria um local isolado do
exterior onde o povo se reunia para o culto.

2) Comércio e civismo: Basílica

A princípio destinada a operações comerciais e a atos judiciários, a basílica servia para reuniões da bolsa, para tribunal e leitura de editos. Mais tarde, já com o Cristianismo, passou a designar uma igreja com certos privilégios. A basílica apresenta uma característica inconfundível: a planta retangular, (de quatro a cinco mil metros) dividida em várias colunatas. Para citar uma, a basílica Julia, iniciada no governo de Júlio César, foi concluída no Império de Otávio Augusto.

3) Higiene: Termas

Constituídas de ginásio, piscina, pórticos e jardins, as termas eram o centro social de Roma. A mais famosa é a terma de Caracala que, além de casa de banho, era centro de reuniões sociais e esportes.

4) Divertimentos

a) Circo

Extremamente afeito aos divertimentos, foi de Roma que se originou o circo. Dos jogos praticados temos:

jogos circenses - corridas de carros; ginásios - incluídos neles o pugilato; jogos de Tróia - aquele em que havia torneios a cavalo; jogos de escravos - executados por cavaleiros conduzidos por escravos; Sob a influência grega, os verdadeiros jogos circenses romanos só surgiram pelo ano 264 a.C. Dos circos romanos, o mais célebre é o "Circus Maximus".

b) Teatro

Imitado do teatro grego. O principal teatro é o de Marcelus. Tinha cenários versáteis, giratórios e retiráveis.

c) Anfiteatro

O povo romano apreciava muito as lutas dos gladiadores. Essas lutas compunham um espetáculo que podia ser apreciado de qualquer ângulo.
Pois a palavra anfiteatro significa teatro de um e de outro lado. Assim era o Coliseu, certamente o mais belo dos anfiteatros romanos. Externamente o edifício era ornamentado por esculturas, que ficavam dentro dos arcos, e por três andares com as ordens de colunas gregas (de baixo para cima: ordem dórica, ordem jônica e ordem coríntia). Essas colunas, na verdade eram meias colunas, pois ficavam presas à estrutura das arcadas. Portanto, não tinham a função de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá-la. Esse anfiteatro de enormes proporções chegava a acomodar 40.000 pessoas sentadas e mais de 5.000 em pé.



5) Monumentos decorativos

a) Arco de Triunfo

Pórtico monumental feito em homenagem aos imperadores e generais vitoriosos. O mais famoso deles é o arco de Tito, todo em mármore, construído no Forum Romano para comemorar a tomada de Jerusalém.



b) Coluna Triunfal

A mais famosa é a coluna de Trajano, com seu característico friso em espiral que possui a narrativa histórica dos feitos do Imperador em baixos-relevos no fuste. Foi erguida por ordem do Senado para comemorar a vitória de Trajano sobre os dácios e os partos.

6) Moradia: Casa

Era construída ao redor de um pátio chamada Atrio.
Os romanos ainda construíram aquedutos que transportavam água limpa até as cidades e também desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão à água servida e aos dejetos das casas.



PINTURA

   O Mosaico foi muito utilizado na decoração dos muros e pisos da arquitetura em geral.
A maior parte das pinturas romanas que conhecemos hoje provém das cidades de Pompéia e Herculano, que foram soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 a.C. Os estudiosos da pintura existente em Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro  estilos.


Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que dava impressão de placas de mármore.

Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural.

Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos detalhes.

Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral.





ESCULTURA

    Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. Retratavam os imperadores e os homens da sociedade. Mais realista que idealista, a estatuária romana teve seu maior êxito nos retratos

O que é Patrimônio Cultural?


   Entender o que é patrimônio cultural envolve compreender a importância da cultura para a sociedade. O conceito, em seu viés antropológico, inclui o conjunto do conhecimento, dos costumes, hábitos, a arte, e outros aspectos de uma dada sociedade. É uma noção que funciona como elementos identitários de um povo. 

  A palavra patrimônio vem do latim 'pater', que significa pai. É um conceito atrelado à noção daquilo que é passado como herança entre as gerações. Portanto, o significado de patrimônio cultural diz respeito a uma herança compartilhada entre os cidadãos, que carrega em si aspectos referentes a identidade daquela sociedade. 


Afinal, o que é Patrimônio Cultural?

   Patrimônio cultural é tudo aquilo que possui importância histórica e cultural para um país ou uma pequena comunidade, como a arquitetura, festas, danças, música, manifestações populares, artes, culinária, entre outros. 

  Os patrimônios culturais oficiais de uma região são escolhidos pelo Estado. No entanto, uma comunidade pode ter um patrimônio cultural que não necessariamente passou pelo reconhecimento burocrático do Estado. 

Significado de Patrimônio Cultural 


  No Brasil, a discussão sobre o que é Patrimônio Histórico e Cultural vem desde a Constituição de 1937. Nesse mesmo ano, o Decreto de Lei nº 25 apresenta o seguinte conceito O artigo 1º do documento apresente o seguinte conceito:

“Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. ”

  O artigo 134 da Constituição de 1937 afirma que esses monumentos devem ser protegidos pela Nação e atos danosos a eles devem ser comparados a um atentado contra o patrimônio nacional. 

Art 134 - Os monumentos históricos, artísticos e naturais, assim como as paisagens ou os locais particularmente dotados pela natureza, gozam da proteção e dos cuidados especiais da Nação, dos Estados e dos Municípios. Os atentados contra eles cometidos serão equiparados aos cometidos contra o patrimônio nacional.

Tipos de Patrimônios Culturais 


 O Patrimônio Cultural é dividido em dois grupos, que variam de acordo com a sua natureza. São eles: Patrimônio Imaterial e Patrimônio Material. Além desses, há também o Patrimônio Artístico, que reúne os bens artísticos, e o Patrimônio Natural, referente aos bens naturais de uma região. 

O que é Patrimônio Imaterial?


 É o tipo de patrimônio considerado intangível e abrange as expressões simbólicas e culturais de um povo, como as festas, as danças, músicas, saberes, costumes, formas de expressão, entre outros. 

Exemplos de patrimônio imaterial: 
- Capoeira;
- Tambor de Crioula do Maranhão (MA);
- Frevo (PE);
- Literatura de Cordel;
- Carimbó (PA);
- Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim (BA);
- Ritual Yaokwa do povo indígena Enawenê Nawê (MT).

O que é Patrimônio Material


  Diz respeito aos bens materiais, ou seja, tangíveis, de um povo. Abrange os museus, monumentos arquitetônicos, igrejas, bibliotecas, etc.

Exemplos de patrimônio material:
- Centro Histórico de Ouro Preto (Ouro Preto/MG);
- Museu Histórico Nacional (Rio de Janeiro/ RJ);
- Conjunto Arquitetônico de Paraty (Paraty/RJ);
- Centro Histórico de Olinda (Olinda/PE).

Patrimônios Culturais do Brasil


O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) é um órgão brasileiro criado em 1937. A sua missão é proteger e preservar os bens culturais e históricos do país com o intuito de promover a permanência desses bens entre as gerações. O IPHAN reconhece no Brasil 14 Patrimônios Culturais da Humanidade, que também são tombados pela Unesco. São eles: 

• Centro Histórico de Ouro Preto -MG
• Centro Histórico de Olinda - PE
• Ruínas de São Miguel das Missões - RS
• Centro Histórico de Salvador - BA
• Santuário de Bom Jesus de Matosinhos - Congonhas do Campo MG
• Brasília- DF
• Parque Nacional Serra da Capivara -PI
• Centro Histórico São Luís- MA
• Centro Histórico de Diamantina - MG
• Centro Histórico de Goiás - GO
• Praça de São Francisco - São Cristóvão SE
• Paisagens Cariocas - RJ
• Pampulha - Belo Horizonte MG
• Cais do Valongo- RJ

Patrimônios Culturais Mundiais


  A Organização das Nações Unidas para a Ciência e a Cultura (Unesco) criou em 1972 a Convenção do Patrimônio Mundial com o objetivo de promover a preservação dos bens culturais, históricos e naturais da humanidade. A lista com mais de mil localidades espalhadas ao redor do mundo. Conheça alguns deles logo abaixo:

• Taj Mahal (Índia)
• Grand Canyon (EUA)
• Machu Picchu (Peru)
• Havana (Cuba)
• Pirâmides de Gizé (Egito)
• A Grande Muralha da China (China)
• Centro Histórico de Roma (Itália)
• Acrópoles de Atenas (Grécia)
• Catedral de Notre Dame (França)

Fonte: E+B Educação 



segunda-feira, 30 de março de 2020

ARTE GREGA


          Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida  presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal. Eles tem como características: o racionalismo; amor pela beleza; interesse pelo homem, essa pequena criatura que é “a medida de todas as coisas”; e a democracia. Foi na Grécia que surgiu a palavra classicismo. A arte grega abrangeu os séculos V e IV a.C.

      O legado grego foi imenso para o mundo contemporâneo. Podemos observar isto em nossos costumes sociais e políticos. Os gregos nos deixaram imensos           tesouros: a democracia, a filosofia, a ética e o amor aos esportes (Olimpíadas). A civilização grega foi dividida em três épocas: Arcaica, clássica e helênica.

                Arquitetura



          As edificações que despertaram maior interesse são os templos. A característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de três degraus. O degrau mais elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram erguidas as colunas. As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: a arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram construídos segundo os modelos da ordem dórica, jônica e coríntia.

Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e grosso. O capitel era uma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade, empresta uma idéia de solidez e imponência .


Ordem Jônica - representava a graça e o feminino. A coluna apresentava fuste mais delgado e não se firmava diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem dórica traduz a forma do homem e a ordem jônica traduz a forma da mulher.


Ordem Coríntia - o capitel era formado com folhas de acanto e quatro espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação.


Os principais monumentos da arquitetura grega:  

a) Templos, dos quais o mais importante é o Partenon de Atenas. Na Acrópole, também, se encontramos as Cariátides homenageavam as mulheres de Cária. 



b) Teatros, que eram construídos em lugares abertos (encosta) e que compunham de três partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou orquestra, para o coro; o koilon ou arquibancada, para os espectadores. Um exemplo típico é o Teatro de Epidauro, construído, no séc. IV a.C., ao ar livre, composto por 55 degraus divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma inclinação perfeita. Chegava a acomodar cerca de 14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acústica perfeita. 

c) Ginásios, edifícios destinados à cultura física. 

d) Praça - Ágora onde os gregos se reuniam para discutir os mais variados assuntos, entre eles; filosofia. 

PINTURA

             A pintura grega encontra-se na arte cerâmica. Os vasos gregos são também conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para a ornamentação. Além de servir para rituais religiosos, esses vasos eram usados para armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite e mantimentos. Por isso, a sua forma correspondia à função para que eram destinados:  

- Ânfora - vasilha em forma de coração, com o gargalo largo ornado com duas asas; 
- Hidra - (derivado de ydor, água) tinha três asas, uma vertical para segurar enquanto corria a água e duas para levantar;  
- Cratera - tinha a boca muito larga, com o corpo em forma de um sino invertido, servia para misturar água com o vinho (os gregos nunca bebiam vinho puro), etc. 

As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e cenas da mitologia grega. A pintura grega se divide em três grupos: 

1) figuras negras sobre o fundo vermelho 
2) figuras vermelhas sobre o fundo negro 
3) figuras vermelhas sobre o fundo branco 


quarta-feira, 25 de março de 2020

ARTE EGÍPCIA


     A civilização egípcia é uma das primeiras, e data de 4.000 a.C.. A arte egípcia divide-se em funerária e religiosa.  Como se tratava de um povo extremamente religioso, a arte dos egípcios está muito ligada à religião.

      Acreditavam na vida após a morte, e por isso mumificavam o corpo dos mortos, e colocavam junto à urna funerária perfumes, jóias, vestidos, armas, etc., enfim tudo que o morto precisaria ao voltar para a vida. A partir daí desenvolveram sua arte em função da religiosidade.

                                                       PINTURA

     A pintura egípcia se desenvolve nas paredes e colunas dos templos e mastabas e, nas câmaras funerárias que chamamos de pintura funerária. As pinturas masculinas eram pintadas de vermelho e as femininas de ocre. Gostavam muito de formas simétricas. Os egípcios pintavam também em rolos de pergaminho, que serviam para decorar as câmaras funerárias e caixões. Haviam também as representações de cenas da vida diária que eram ilustrados com pinturas e desenhos, e decoravam os túmulos egípcios.

Suas características gerais são:

·      ausência de três dimensões;
·      ignorância da profundidade;
·      colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem - indicação do relevo; e
Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.



ARQUITETURA


       Os Egípcios criaram as pirâmides, monumento elevado sobre uma superfície quadrada de grandes dimensões e construída com enormes blocos de pedra, admiravelmente equilibrados. Seu interior é um autêntico labirinto, com várias passagens e galerias, que conduzem à câmara funerária. As pirâmides impressionam pela imponência do trabalho humano que representam, e pela ordenação racional dos cálculos dos arquitetos e intendentes (nestas obras públicas gigantescas, exploravam-se, além dos escravos, as populações agrícolas na estação morta, isto é, que não era de semeadura, nem colheita). Os egípcios construíam também templos, palácios, túmulos e mastabas, que constituem a arquitetura egípcia.

          As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas mais famosas e, foram construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas as ações erosivas do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e misterioso.

  
     Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos e os templos. Os templos mais significativos são: Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon.

                              

                                      ESCULTURA

       
     Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade.  Exageravam frequentemente as proporções do corpo humano, dando às figuras representadas uma impressão de força e de majestade. ­



Indico que assistam a série  O Rei TuT, que fala sobre a vida de Tutancamon.

A ARTE PRÉ-HISTÓRICA


         O homem criou o que nós podemos chamar de arte, a mais ou menos 40.000 a.C, onde reproduzia a sua realidade e sua consciência mágica do mundo. Suas manifestações são múltiplas e, podem ser agrupados em formas escultóricas e pictóricas. Chamamos de Rupestre, as pinturas feitas em paredes de cavernas.

        Na idade Paleolítica (Pedra Lascada) as manifestações são escultóricas. As estatuetas de características femininas são exemplos desta manifestação artística.  A Vênus deste tempo (por vezes tão pequena, a ponto de caber na palma da mão) era posta em evidência como mãe e recurso de procriação.  Era caracterizada por seios grandes, nádegas abundantes, tendo cabeça e pernas pequenos.  Não tinha um rosto, só a cabeça, pois representava todas as mulheres.

          As pinturas das cavernas Pré-Históricas tinham um caráter mágico.  Acreditavam que tudo que conseguissem desenhar, poderiam dominar, ou seja, eles poderiam interferir na captura de um animal desenhando-o ferido mortalmente, podendo desta forma dominá-lo com facilidade.  Assim, as pinturas eram representações da natureza, tudo para garantir uma boa caçada e consequentemente, a sobrevivência.

       Para pintar, o homem produzia suas próprias tintas misturando terra com carvão, sangue e gorduras de animais.  Utilizavam os dedos e pincéis feitos de pelo de animais, presos a ossos ou gravetos de madeira.

          As duas principais grutas contendo vestígios de arte Rupestre são a de Lascaux e a de Altamira.  A gruta de Lascaux foi descoberta por acaso em 1940, constitui-se de três ambientes, onde pode-se observar representações de touros definidos por contornos pretos.  A gruta de Altamira foi descoberta em 1879, e nota-se a representação pelo teto da gruta, de bisões imóveis e feridos.

     Com a chegada da Idade Neolítica, a arte Rupestre perde o seu caráter unitário e desenvolve-se em linguagem diversas.

            No Brasil, também encontramos pinturas Rupestres que comprovam a existência do homem na América há milhares de anos, no Parque Nacional da Serra da Capivara e em Campo Formoso.



OS ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL

      Como as imagens são construídas? Como podemos formar imagens? Quais são os elementos da linguagem visual? Se prestarmos atenção a um desenho, veremos que nele há pontos, linhas e cores. As formas em artes visuais são constituídas por pontos, linhas, planos, cores, que chamamos de elementos da inguagem visual. Ao combiná-los entre si, podemos criar imagens.



O PONTO

          O Ponto (do latim punctum) é o menor sinal gráfico visível. O ponto tem três classificações:

           *  Ponto geométrico
           *  Ponto gráfico
           *  Ponto físico

          O ponto geométrico é uma entidade abstrata, imaginária e     não possui       dimensões (altura, largura e comprimento). É   utilizado em geometria para:

          * Definir um segmento de reta.
          * Localizar a origem de uma semi-reta.
          * Marcar o centro de uma circunferência.

       Usamos uma letra maiúscula do nosso alfabeto para   caracterizar o ponto   geométrico.

      O ponto gráfico é um elemento plástico que serve para   caracterizar volume.  É um sinal deixado por um material  qualquer,  numa superfície plana,  Isolado produz sensação de  vibração.  O ponto gráfico pode ter formas, dimensões e cores diversas.
     
    O enorme potencial expressivo do ponto sempre foi utilizado pelos artistas e gráficos que trabalham com publicidade, para a realização de efeitos de claro/escuro.
      
     O ponto físico é todo corpo esférico no espaço que nos circunda.  Ele tem largura, altura e profundidade.  O universo está repleto de pontos físicos.  Ex. bola de gude, bola de tênis, maçã, laranja.

O Ponto na Arte


     Recebe o nome de Pontilhismo.  Muitos artistas usaram o ponto como base para a realização de obras de arte, pinturas e imagens.  Os quadros desta fase são representados por pequenos pontos que formam um ambiente harmônico.  Temos grandes pintores representantes deste movimento , entre eles: Claude Monet, Edouard Manet, Edgard Degas, Georges Seurat ( criador do Pontilhismo), Auguste Renoir, entre outros.

  


AS LINHAS

       A Linha é um elemento fundamental da linguagem visual.  Segundo a definição geométrica, a linha é uma sucessão de pontos ou o deslocamento de pontos no espaço plano.

Pode ser quanto à forma:

Reta – tem infinitos pontos seguindo uma única direção.  Não tem começo nem fim e é designada por uma letra minúscula do nosso alfabeto.  Pode ser horizontal, vertical, inclinada e paralela.

Curva – formada por um movimento constante do ponto mudando a direção.  Pode ser aberta ou fechada.

Poligonal ou quebrada – formada por uma seqüência  de traço de reta.

Mista – formada pela  mistura de traços curvos e retos em seqüência .



Quanto à direção:

Convergentes – são linhas que se dirigem à um só ponto.

Divergentes – são linhas que se afastam de um mesmo ponto.

Paralelas – são linhas que se deslocam mantendo a mesma distância entre si.

Perpendiculares – são linhas que formam ângulos retos.



TEXTURA

        A palavra textura indica o ato de tecer.  Chamamos de textura a uma trama de sinais, pontos, traços e manchas com os quais se realizam as mais variadas atividades gráficas e artísticas.  Os artistas usam texturas para representar graficamente o claro/escuro, luz/sombra, para traduzir o sentido de volume e os efeitos de superfície.
     O volume é o espaço ocupado por um corpo de três dimensões.  Refere-se à forma e a extensão dos sólidos.  Está relacionado à idéia de espaço.  A superfície refere-se a parte externa de cada objeto e de cada elemento natural ou artificial.
     Texturas naturais são aquelas encontradas na natureza e as texturas artificiais são aquelas feitas por nós com pontos, traços e manchas.


    



















 FORMAS


     Forma é o aspecto exterior dos objetos reais, imaginários ou representados. A linha descreve uma forma, ou seja, uma linha que se fecha dá origem a uma forma. Na linguagem das artes visuais, a linha articula a complexidade da forma.



CORES


      A cor é o elemento visual caracterizado pela sensação provocada pela luz sobre o órgão da visão, isto é, sobre nossos olhos. O pigmento é o que dá cor a tudo o que é material. 
      Ao falarmos de cores, temos duas linhas de pensamento distintas: a Cor-Luz e a Cor-Pigmento.
     A Cor-Luz pode ser observada através dos raios luminosos. Cor-luz é a própria luz que pode se decompor em muitas cores. A luz branca contém todas as cores. No caso da Cor-Pigmento a luz é que, refletida pelo material, faz com que o olho humano perceba esse estímulo como cor. Os pigmentos podem ser divididos em dois grupos diferentes: os transparentes e os opacos.
   As cores pigmento transparentes são mais utilizadas nas artes gráficas, nas impressoras coloridas entre outros meios de produção.
   As cores pigmento opacas são geralmente utilizadas nas artes plásticas, são mais populares, portanto, são mais conhecidas pelos estudantes da escola básica.
    Os dois extremos da classificação das cores são: o branco, ausência total de cor, ou seja, luz pura; e o preto, ausência total de luz, o que faz com que não se reflita nenhuma cor. Essas duas "cores" portanto não são exatamente cores, mas características da luz, que convencionamos chamar de cor.
NOMENCLATURA DAS CORES
   Tanto a cor-luz quanto a cor-pigmento, seja ela transparente ou opaca se divide em:

Cores primárias - aquelas consideradas puras, que não se fragmentam.



Cores secundárias - obtidas através da mistura em partes iguais de duas cores primárias. 



Cores terciárias - são obtidas pela mistura de uma primária com uma secundária ou a partir das primárias em proporções desiguais. 

Cores neutras - o preto e o branco, embora sejam consideradas como ausência e totalidade das cores-luz respectivamente, no entendimento das cores-pigmento são também conhecidas, juntamente com o cinza, como cores neutras. Não aparecem no círculo cromático.


Cores Quentes e Cores Frias
      As cores possuem seus valores de luminosidade. Algumas são mais alegres, mais vivas, que classificamos de cores quentes.
     As cores quentes nos lembram o fogo, o sol, e transmitem o arrojo, a aventura, o estímulo, o calor.
    Outras são mais escuras e tristes, que classificamos de cores frias, que classificamos de cores frias, e transmitem a calma, o repouso, o frio, a sombra.
    As cores quentes são derivadas do vermelho e as frias derivam do azul. A cor amarela é equilibrada. Os tons de roxo podem ser classificados como quentes ou frios, pois apresentam tanto azul como o vermelho.

Harmonia das cores
Harmonia é a combinação entre duas ou mais cores. São estas as principais maneiras de combinar cores:
Monocromia
É a harmonia conseguida quando utilizamos somente uma cor, com suas variações de tons, obtidas com o auxílio da cor branca ou preta.
Isocromia
È a harmonia conseguida através de uma cor e seus matizes. Por exemplo: amarelo-alaranjado, amarelo-esverdeado, amarelo-amarronzado.
Policromia
É a harmonia conseguida através de várias cores.



terça-feira, 24 de março de 2020

O QUE É ARTE

       Se quiséssemos explicar o que é arte de uma maneira simplista poderíamos dizer que "arte é uma forma do ser humano se expressar". Apesar de ser realizada nos mais variados meios, os artistas comungam o desejo de transmitirem sentimentos e emoções.
      O tema do que é a arte é complexo e divide muitas opiniões. Esse manancial de respostas faz também com que esse se torne um tema interessantíssimo de ser discutido. Afinal, para você, o que é arte?

Definição de Arte

       Em primeiro lugar devemos esclarecer que não há uma única definição do que é arte. É impossível tecer um significado absoluto para uma atividade que reúne uma produção tão vasta e diversificada.
      Apesar de não sermos capazes de definir propriamente o que é arte, intuitivamente (e muitas vezes rapidamente) conseguimos dizer quando estamos diante de um objeto artístico. Mas até nesse quesito será que estamos diante de respostas categóricas?
     Ninguém dúvida que a Monalisa seja uma obra artística, mas e em relação à arte de rua essa definição é tão imediata? Se levarmos a fundo a questão até mesmo essa identificação de objetos artísticos pode ser problematizada: o que um objeto carrega de próprio que o caracteriza como um elemento artístico? Quem tem a autoridade para dizer o que é uma obra de arte?
     As manifestações artísticas podem ser realizadas através de uma série de plataformas diferentes. A arte manifesta-se, por exemplo, sob o signo da pintura, da escultura, da gravura, da dança, da arquitetura, da literatura, da música, do cinema, da fotografia, da performance, etc.

                                        Arte Renascentista       Com  o fim da Idade Média, após a invasão  dos bárbaros, após a escravidão ...