quarta-feira, 14 de abril de 2021

 

    

                                 Arte Renascentista

     Com  o fim da Idade Média, após a invasão  dos bárbaros, após a escravidão feudal que havia levado o povo à mais profunda miséria, surge a cidade como centro de comércio e de troca de valores. É nesse exato momento que se desenvolve a vida cultural e artística européia.  Há o fortalecimento do comércio e dos banqueiros.  A cultura apresenta um salto de qualidade em relação à Idade média.

                  

      A arte clássica, com seu conceito de perfeição da forma e da proporção, torna-se um modelo de referência. O artista passa a ser o autor de seus projetos e deixa o anonimato.  Renascimento ou Renascença significa o nascer do homem depois de séculos de escuridão. No Renascimento os quadros obedecem  a uma perspectiva, onde quase sempre há uma paisagem por trás.  Buscam o domínio da forma.  Dois séculos exprimem bem esse momento:  o Quattroceno e o Cinquencentto.

                   



                     O QUATTROCENTO

          A explosão da arte neste século ocorre na Itália, em Florença. Na pintura descobre-se um novo elemento - o espaço - que se une à cor e à forma.  Antes desta época, os artistas não estavam muito preocupados com a exatidão e semelhança.  Depois , começam a seguir um método matemático-geométrico, que consistia em apresentar um desenho com extrema precisão bidimensional, nascendo assim as leis da perspectiva.  Uma verdadeira fome de desenhar e pintar com perspectiva se apossa dos pintores, escultores  e arquitetos.
             A arquitetura do Quatrocento italiano mostra, corajosamente, os esquemas e as estruturas típicas da Idade Média e , se difunde para a arquitetura clássica grega, como uma verdadeira revolução artística.  As igrejas são bonitas, mas não tão majestosas e imponentes como a Basílica Romana.
             São representantes deste período:

    •   Fra Angélico - frade dominicano que pintou uma série de afrescos no convento de São Marcos e muitos outros quadros, nos quais demonstra sua religiosidade e delicadeza.


    • Filippo e Filippino Lipi - dois artistas que pintaram muitas madonas (Nossa Senhora).


    • Ghirlandaio - era assim chamado porque pintava guirlandas em torno de seus quadros.


    • Sandro Botticelli - dá vida a sua criatividade e a sua fantasia realizando obras de fundo profano e mitológico.  Em um emaranhado de linhas sinuosas, movendo corpos e vestes, pintando flores, folhas e arbustos, criou quadros inovadores e vibrantes.  O mais Célebre é A Primavera; depois vem  O Nascimento de Vênus.  Botticelli morreu em 1510, pobre e esquecido.  Muitos de seus quadros foram queimados publicamente por serem considerados profanos pela Igreja.











                       O CINQUENCENTTO

            A vida social na Itália vai se refinado com o desenvolvimento da arte.  O Renascimento se expande para fora da Itália.  A princípio na França, depois na Espanha, Alemanha e Holanda.
            A Igreja é quem mais se utiliza dos trabalhos dos artistas.  Podemos notar também que neste período há uma perfeita harmonia entre a escultura e a pintura.  Surgem assim, grandes pintores escultores como por exemplo Michelangelo Buonarroti.
             Como pintor, Michelangelo foi encarregado pelo papa Julio II de pintar o teto da Capela Sistina no Vaticano, e depois de 25 anos, o restante do altar.  Pintou também a Criação do Mundo.  Foi um esforço tão grande que teve sua saúde comprometida para sempre.  A força de seu desenho deixou marcas profundas nos artistas de sua época como Rafaelo, Tintoretto e Tiziano.
            A vida social na Itália vai se refinado com o desenvolvimento da arte.  O Renascimento se expande para fora da Itália.  A princípio na França, depois na Espanha, Alemanha e Holanda.
            A Igreja é quem mais se utiliza dos trabalhos dos artistas.  Podemos notar também que neste período há uma perfeita harmonia entre a escultura e a pintura.  Surgem assim, grandes pintores escultores como por exemplo Michelangelo Buonarroti.
             Como pintor, Michelangelo foi encarregado pelo papa Julio II de pintar o teto da Capela Sistina no Vaticano, e depois de 25 anos, o restante do altar.  Pintou também a Criação do Mundo.  Foi um esforço tão grande que teve sua saúde comprometida para sempre.  A força de seu desenho deixou marcas profundas nos artistas de sua época como Rafaelo, Tintoretto e Tiziano.

 


            Foi também um grande escultor.  Seu material preferido foi o mármore.  Em duros blocos ele esculpia de forma quase precisa.  Enumerar suas esculturas será difícil, pois são numerosas, mas duas marcaram sua carreira: Pietà ( Nossa Senhora com Jesus morto em seus braços) e David.
     
          Leonardo da Vinci  foi outro grande pintor do Renascimento.  Ele sintetiza e exalta o Renascimento com uma interpretação pessoal e poética da natureza.   Não é possível dizer se Leonardo da Vinci foi melhor como artista ou como inventor.  Se ,de um lado, legou-nos belíssimos quadros, de outro deixou numerosos trabalhos escritos sobre astronomia, hidraúlica, botânica, anatomia, urbanismo, engenharia e matemática.  Descobriu muitos inventos.  Em suas obras usou o esfumaçado.  Pintou madonas e outros personagens.  Destacam-se os quadros: A Anunciação, A Virgem e Sant'ana, Adoração dos Magos, A Santa Ceia e Monalisa.




 

                            Arte Gótica

           O estilo Gótico desenvolveu-se na Europa, principalmente na França, durante a Baixa Idade Média e é identificado como a Arte das Catedrais. A partir do século XII a França conheceu transformações importantes, caracterizadas pelo desenvolvimento comercial e urbano e pela centralização política, elementos que marcam o início da crise do sistema feudal. 
         Surgem novas categorias sociais dedicadas ao artesanato e ao comércio.  Ascende o poder do rei em países como França e Inglaterra, onde observa-se a grande influência do Clero.  Abades e bispos, monges e padres mostravam-se mais interessados no poder e bens materiais, a ponto de frequentemente entrarem em conflito com a nobreza, com os soberanos e com o próprio imperador. 

 

 

         A arquitetura foi a principal expressão da Arte Gótica e propagou-se por diversas regiões da Europa, principalmente com as construções de imponentes igrejas. Apoiava-se nos princípios de um forte simbolismo teológico, fruto do mais puro pensamento escolástico: as paredes eram a base espiritual da Igreja, os pilares representavam os santos, e os arcos e os nervos eram o caminho para Deus. Além disso, nos vitrais pintados e decorados se ensinava ao povo, por meio da mágica luminosidade de suas cores, as histórias e relatos contidos nas Sagradas Escrituras.
          Preocupados com a verticalidade, os arquitetos góticos criaram os arcos ogivais, que são agudos e que, como o termo indica, apontam para o alto.  Esta é uma característica primordial da arquitetura gótica.
        Na zona alta da Igreja e em toda capela-mor, abrem-se grandes janelas com vitrais coloridos e figurativos. Filtrada pelos vitrais, a luz que se difunde pelo interior da catedral não parece provir de uma fonte natural e cria uma atmosfera cálida e luminosa que transmite êxtase.

   



   Outro elemento arquitetônico da arte gótica é a rosácea.  Sua forma circular, dividida em finos raios de pedra semelhantes ao de uma roda.  Tinha para o cristão da época, um significado duplamente simbólico: ao sol, símbolo de Cristo , e a rosa, símbolo de Maria.

 

          ARTE AFRICANA

     
          
        
         A arte Africana exprime usos e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é funcional, desenvolvido para ser utilizado, ligado ao culto dos antepassados, profundamente voltado ao espírito religioso, característica marcante dos povos africanos.     
     Os povos africanos faziam seus objetos de arte  utilizando  diversos elementos da natureza. Faziam esculturas de marfim , máscaras entalhadas em madeira e ornamentos em ouro e bronze. Os temas retratados nas obras de arte remetem ao cotidiano, a religião e aos aspectos naturais da região. Desta forma, esculpiam e pintavam mitos, animais da floresta, cenas das tradições, personagens do cotidiano, etc.




    



     A arte africana chegou ao Brasil através dos escravos, que foram trazidos para cá pelos portugueses durante os períodos colonial e imperial. Em muitos casos, os elementos artísticos africanos fundiram-se com os indígenas e portugueses, para gerar novos componentes artísticos de uma magnífica arte afro-brasileira.
      As máscaras são as formas mais conhecidas da arte africana. Para eles, a máscara representava um disfarce mítico com o qual poderiam absorver forças mágicas dos espíritos e assim utilizá-las na cura de doentes, em rituais fúnebres, cerimônias de iniciação, casamentos e nascimentos.  A máscara é a ligação entre o divino e o humano.
      Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua morte.
      Pablo Picasso, por volta de 1905, tomou conhecimento da arte africana - e aí surgiu nitidamente a inspiração para o movimento cubista. Um exemplo dessa influência é o importante quadro "Les Demoiselles D'avigno’n.

 

ARTE INDÍGENA



Na época do descobrimento, havia em nosso país cerca de 5 milhões de índios. Hoje, esse número caiu para aproximadamente 200 000.  A arte indígena é mais representativa das tradições da comunidade em que está inserida do que da personalidade do indivíduo que a faz. É por isso que os estilos da pintura corporal, do trançado e da cerâmica variam significativamente de uma tribo para outra.

A Visão Indígena Brasileira
O que é índio? Um índio não chama nem a si mesmo de índio, esse nome veio trazido pelos colonizadores no séc. XVI. O índio mais antigo desta terra hoje chamada Brasil se autodenomina Tupy, que significa "Tu" (som) e "py" (pé), ou seja, o som-de-pé, de modo que o índio é uma qualidade de espírito posta em uma harmonia de forma.


ARQUITETURA

        Taba ou Aldeia é a reunião de 4 a 10 ocas, em cada oca vivem várias famílias (ascendentes e descendentes), geralmente entre 300 a 400 pessoas. O lugar ideal para erguer a taba deve ser bem ventilado, dominando visualmente a vizinhança, próxima de rios e da mata. A terra, própria para o cultivo da mandioca e do milho. No centro da aldeia fica a ocara, a praça. Ali se reunem os conselheiros, as mulheres preparam as bebidas rituais, têm lugar as grandes festas. Dessa praça partem trilhas chamadas  pucu que levam a roça, ao campo e ao bosque. 
          Destinada a durar no máximo 5 anos a oca é erguida com varas, fechada e coberta com palhas ou folhas. Não recebe reparos e quando inabitável os ocupantes a abandonam. Não possuem janelas, têm uma abertura em cada extremidade e em seu interior não tem nenhuma parede ou divisão aparente. Vivem de modo harmonioso.  
  
PINTURA CORPORAL E ARTE PLUMÁRIA
       Pintam o corpo para enfeitá-lo e também para  defende-lo contra o sol, os insetos e os espíritos maus.  As cores e os desenhos ‘falam’, dão recados. Boa tinta, boa pintura, bom desenho garantem boa sorte na caça, na guerra, na pesca e na viagem.
        Cada tribo e cada família desenvolvem padrões de pintura fiéis ao seu modo de ser. Nos dias comuns a pintura pode ser bastante simples, porém nas festas e nos combates, mostra-se requintada, cobrindo também a testa, a face e o nariz. A pintura corporal é função feminina, a mulher pinta os corpos dos filhos e do marido.
 As cores mais usadas pelos índios para pintar seus corpos são o vermelho muito vivo do urucum, o negro esverdeado da tintura do suco do jenipapo e o branco da tabatinga.
       Assim como a pintura corporal, a arte plumária serve para enfeites: mantos, máscaras, cocares,   passam aos seus portadores elegância e magestade. Esta é uma arte muito especial porque não está associada a nenhum fim utilitário, mas apenas a pura busca da beleza.

TRANÇADOS E CERÂMICA
       A tendência indígena de fazer objetos bonitos para usar na vida tribal, pode ser apreciada principalmente na cerâmica, no trançado e na tecelagem. A variedade de plantas que são apropriadas ao trançado no Brasil, dá ao índio uma inesgotável fonte de matéria prima. É trançando que o índio constrói a sua casa e uma grande variedade de utensílios, como cestos para uso doméstico, para transporte de alimentos e objetos trançados para ajudar no preparo de alimentos (peneiras), armadilhas para caça e pesca, abanos para aliviar o calor e avivar o fogo, objetos de adorno pessoal (cocares, tangas, pulseiras), redes para pescar e dormir, instrumentos musicais para uso em rituais religiosos, etc. Tudo isso sem perder a beleza e feito com muita perfeição.
        A cerâmica destacou-se principalmente pela sua utilidade, buscando a sua forma, nas cores e na decoração exterior, o seu ponto alto ocorreu na ilha de Marajó.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

   PERSPECTIVA

        É a arte de representar sobre uma superfície plana os objetos, conforme eles se apresentam aos nossos olhos e na sua forma.

LINHA DO HORIZONTE:  

 É o elemento da construção em perspectiva que representa o nível dos olhos do observador (linha tal pontilhada LH). 



    Numa paisagem é a linha do horizonte que separa o Céu e a Terra. Vista ao longe, ela está na base das montanhas e risca horizontalmente o nível do mar.


Ponto de vista:

Ponto de vista é um ponto no qual se supõe que esteja o olho do observador e do qual convergem os raios visuais. A distância do quadro e a distância do observador é a sua altura. Quanto mais distante dos olhos do observador, menores ficam as coisas. Na representação gráfica da perspectiva é comum o ponto de vista ser identificado por uma linha vertical perpendicular a linha do horizonte (PV). O ponto de vista revela-se exatamente no cruzamento dessas duas linhas.

Dependendo do ângulo visual de observação do motivo, a linha vertical que localiza o ponto de vista pode situar-se centralizada na cena compositiva ou num de seus lados, esquerdo ou direito.


 Ponto de fuga:

É o ponto localizado na linha do horizonte, pra onde todas as linhas paralelas convergem, quando vistas em perspectiva (PF). 


Em alguns tipos de perspectiva são necessários dois ou mais pontos de fuga. Em situações como estas poderão ter pontos tanto na linha do horizonte quanto na linha vertical do ponto de vista. Em alguns casos é possível o ponto ficar fora tanto da linha do horizonte quanto do ponto de vista.


 Linhas de fuga:

São as linhas imaginárias que descrevem o efeito da perspectiva convergindo para o ponto de fuga (linhas convergentes pontilhadas). É o afunilamento dessas linhas em direção ao ponto que geram a sensação visual de profundidade das faces em escorço dos objetos em perspectiva.

O uso dos elementos da perspectiva, em conjunto, permitem a elaboração de esquemas gráficos necessários para desenhar objetos contextualizados em ambientes ou paisagens sem distorção estrutural. Veremos a base destes recursos gráficos conhecendo sobre os diferentes tipos de visualização em perspectiva.

        Na arte podemos dizer que o Renascimento deu origem à perspectiva e o Cubismo foi o movimento que renunciou  a perspectiva


­

                                        Arte Renascentista       Com  o fim da Idade Média, após a invasão  dos bárbaros, após a escravidão ...